Na sequência da publicação do Decreto-lei 115-A/98, de 4 de Maio e após diversas reuniões realizadas onde estiveram envolvidos os responsáveis pelos estabelecimentos dos três níveis de ensino, numa primeira fase, e alargadas a todo o corpo docente mais tarde, constatou-se a vontade generalizada de se constituir um Agrupamento Vertical de Escolas que desde logo e de forma consensual se designou por Agrupamento de Escolas de Prado, integrando todos os estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1º ciclo implantados nas freguesias de Cabanelas, Cervães, Oleiros e na Vila de Prado, bem como a Escola Básica dos 2º e 3º ciclos desta Vila, instalando-se aí a sede do Agrupamento.

A proposta da criação do Agrupamento foi formalizada em Janeiro do ano 2000 e viria a ser aprovada no mês de Junho do mesmo ano. Logo de seguida, no início do mês de Julho, realizaram-se as eleições para a Comissão Executiva Instaladora do Agrupamento, tendo a equipa então eleita tomado posse em cerimónia realizada no C.A.E. de Braga no decorrer do mesmo mês

No mês de Novembro do ano 2000 foi a vez de se efectuarem as eleições para a Assembleia Constituinte do Agrupamento, tendo em vista a aprovação do primeiro Regulamento Interno. Após amplo debate onde participaram todos os intervenientes, o Regulamento Interno foi aprovado pela Assembleia Constituinte em Janeiro do ano de 2001e proposta a sua homologação, conforme o previsto superiormente, por parte da D.R.E.N.

Este Agrupamento nasceu, fundamentalmente, da vontade clara e firme de todo o corpo docente e do apoio manifestado por todos os que, de forma directa ou indirecta, intervêm no sistema educativo local.

No ano da sua criação, as escolas do Agrupamento eram frequentadas por cerca de 1500 alunos e nelas trabalhavam 124 docentes e 55 elementos afectos ao sector do pessoal não docente.

 

A escola sede

A Escola Básica de Prado iniciou a sua actividade, como Escola Preparatória, no ano lectivo de 1984/85, naquela altura com 360 alunos e ainda com instalações algo limitadas, para abrigar todos os alunos que se distribuíam por uma vasta área – a mais populosa do concelho de Vila Verde. Por então, o 5º e 6º anos de escolaridade eram ministrados por dezenas de pólos de Telescola, espalhados pelas várias freguesias que, mais tarde, fariam parte da sua área de influência pedagógica.

Não obstante, a população residente na área, as estruturas políticas representativas da novel democracia e associações existentes exerciam, desde os alvores do 25 de Abril, uma persistente persuasão sobre os responsáveis da Educação Nacional, para que aqui fosse instalada uma escola que, albergando os alunos das freguesias vizinhas, ministrasse um ensino directo e com todas as suas componentes curriculares, como aquelas da sede do Concelho e do Distrito. Para estas confluíam, desde há vários anos, os alunos com mais possibilidades e motivações, deixando os restantes matriculados pelas telescolas mal fornecidas de meios materiais e humanos, com as promessas de encerramento sucessivamente anunciado, mas que nunca mais chegava. Consequentemente, o empenho da população, as críticas, as representações, os ofícios e protestos duraram uns longos dez anos até que se fez justiça às suas naturais pretensões.

De facto, esta área geográfica de Prado não havia sido ainda contemplada com uma escola do Ciclo Preparatório directo, apenas porque não possuía, talvez, a importância administrativa convencionada, pois a sua importância demográfica era por demais evidente e a atenção que necessitava seria ainda superior à da própria sede do Concelho.

Desde tempos muito recuados que o interesse das populações pela ocupação desta parte do vale fértil do Cávado, a meia dúzia de quilómetros da cidade de Braga, se fazia sentir pela qualidade do seu solo arável e potencialidade para outras actividades, como os linhos ou a famosa olaria mais genuína, em artefactos de uso doméstico e para a construção de casas. Foi sempre um local de passagem obrigatória para outras paragens mais a norte, desde a ocupação romana e também de fixação futura, recebendo a terra de Prado foral do Bolonhês, por 1260. Assim, foi cabeça de julgado e de concelho medieval, que abrigava freguesias duma extensa faixa vizinha da margem direita do rio, até perto de Barcelos. E nem a perda de tutela do concelho, em 1855, lhe diminuiu a dinâmica de crescimento até aos nossos dias.

Actualmente e desde o fim da grande leva de emigrantes dos anos 60 e da Guerra Colonial que as actividades nucleares da economia desta terra são já outras, estando directamente ligadas à proximidade cada vez maior da cidade de Braga, servindo-lhe de subúrbio. É também assinalável a constante deslocação das populações periféricas para esta área, que dantes habitavam os lugares mais ermos do Concelho. Assim, hoje, temos uma população mais dedicada aos sectores dos serviços e indústria, estando a agricultura irremediavelmente comprometida pelo avanço dominador das construções, das quais esta Escola é um exemplo necessário.

A escola Preparatória entrou em funcionamento ainda sem pavilhão gimnodesportivo, equipamento este que recebeu no ano lectivo de 1987/88 e, no ano seguinte, passou a C+S, aumentando brutalmente a sua lotação. Recebeu, para o efeito, várias salas prefabricadas, como era usual fazer-se, em situações análogas, noutras escolas. Não obstante, e porque a população escolar aumentava sempre mais, no ano de 1991/92, foi ampliada com um novo pavilhão didáctico e de raiz, comportando o dobro da capacidade. Não podia, apesar de tudo, dispensar o recurso aos pavilhões prefabricados, chegando a atingir cerca de 1200 alunos, por 1996/97. Esta pressão só desapareceu com a construção de outra escola na zona, diminuindo a sua área de influência pedagógica apenas para quatro freguesias: Vila de Prado, Oleiros, Cabanelas e Cervães.

A partir do ano lectivo de 2000/2001, com pouco mais de sete centenas de alunos a frequentar o 2º e 3º ciclos do Ensino Básico, é a sede do Agrupamento de Escolas de Prado que congrega todas as escolas do ensino público das quatro freguesias.